Arnaldo Rocha - Livro Mandato de Amor - Espíritos Diversos / Chico Xavier - Cap. 2
Casos de Psicometria
Jofre Leles, sobrinho do estimado professor Cícero Pereira, ao retornar de uma viagem a Teófilo Otoni, encontrou, por acaso, às margens do Rio Mucuri, restos do que havia sido uma espada: suas copas com uns dez centímetros de lâmina já bastante enferrujada e carcomida pelo tempo.
Ele contou que, desde o achado, vivia sonhando com lutas sangrentas, soldados guerreiros, espadas e tudo o mais. Bastante impressionado, resolveu procurar Chico para uma conversa em torno do assunto. De espada na mão, melhor dizendo, apenas um pedaço dela, relatou ao médium amigo o ocorrido. Chico pegou o objeto, sem nem mesmo olhá-lo detidamente.
Limitou-se a tocá-lo, devagarinho, como se naquele gesto extraísse toda a sua história. Uma verdade, pois, sem demora, Chico falou-lhe:
— Capitão Jofre, esta espada lhe pertence há muito tempo. Por volta de 1840, você, nas vestes de um capitão da milícia mineira, guerreou bravamente na cidade de Filadélfia, hoje Teófilo Otoni, durante sua revolução, a chamada Revolução Liberal.
Na refrega, foi ferido e a espada lá ficou!
Jofre, espantado, analisava a novidade, sem saber se acreditava ou não nas palavras de Chico. Este, percebendo-lhe a surpresa e a dúvida, informou que, no pedaço de lâmina oxidado, estava gravada sua insígnia de coronel de 100 anos atrás, a mesma que ele usava na atualidade, como capitão da Polícia Militar que era.
Jofre, ao chegar em Belo Horizonte, tudo fez para limpar o metal envelhecido, a fim de certificar-se, de uma vez por todas, da veracidade da história.
E debaixo de tudo que cobria o aço brilhante, lá estavam duas pequeninas palavras. Duas palavras latinas que eram a sua insígnia: HONOR E FIDES [Honra da fé]. Duas palavras que resumiram e atestaram a capacidade psicométrica do médium Chico Xavier.
Arnaldo Rocha
*29 – Jofre Teles, tempos depois, pesquisou os arquivos da Polícia Militar, encontrando dados confirmativos às informações dadas por Chico, inclusive seu nome e o grau de comando – coronelado – que lhe pertencera na época.
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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