Bilhete paternal
Sim, meu filho, talvez por um capricho dos seus treze anos, você deseja receber um bilhete do amigo desencarnado, cujas páginas começou a ler.
Você — um menino! — solicita orientação espiritual.
Tenho escrito muitas cartas depois da morte, mas sinceramente não me recordo de haver dirigido até hoje, qualquer recado a gente verde do seu porte.
Perdoe se não lhe correspondo à expectativa.
Diz você que não espera uma história da carochinha, baseada em gênios protetores.
E remata: —“Quero, Irmão X, que você me diga quais são as coisas mais importantes da vida, apontando-me aquilo de bom que devo querer e aquilo de mau que preciso evitar”.
E remata: —“Quero, Irmão X, que você me diga quais são as coisas mais importantes da vida, apontando-me aquilo de bom que devo querer e aquilo de mau que preciso evitar”.
Lembro-me, assim, de oferecer a você uma lista curiosa que um velho amigo me ofereceu, aí no mundo, precisamente quando eu tinha a sua idade.
A relação apresentava o título “APRENDA, MEU FILHO…” e continha as seguintes informações:
— O maior e melhor amigo: Deus.
— Os melhores companheiros : Os pais.
— A melhor casa: O lar.
— A maior felicidade: A boa consciência.
— O mais belo dia: Hoje.
— O melhor tempo: Agora.
— A melhor regra para vencer: A disciplina.
— O melhor negócio: O trabalho.
— O melhor divertimento: O estudo.
— A coleção mais rica: A das boas ações.
— A estrada mais fácil para ser feliz: O caminho reto.
— A maior alegria: Dever cumprido.
— A maior força: O bem.
— A melhor atitude: A cortesia.
— O maior heroísmo: A coragem de ser bom.
— A maior falta: A mentira.
— A pior pobreza: A preguiça.
— O pior fracasso: O desânimo.
— O maior inimigo: O mal.
— O melhor dos esportes: A prática do bem.
Leia esta lista de informações, sempre que você puder, e veja por si como vai indo a sua orientação.
E se quer mais um aviso de amigo velho, cada noite acrescente esta pergunta a você mesmo, depois de sua oração para o repouso: — Que fiz hoje de bom que somente um amigo de Jesus conseguiria fazer?
Irmão X
(Humberto de Campos)
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