Emmanuel - Livro Justiça Divina - Chico Xavier - Cap. 63
Fogo mental
Fogo íntimo!… As consciências insensibilizadas no crime só lhe sentem as chamas quando as entranhas do espírito se lhe contorcem ao peso; todavia, basta ligeira falta cometida para que as almas retas lhe sofram as labaredas…
Figura-se látego mortífero, em agitação permanente, conquanto retido no coração, imobilizando o pensamento no desespero.
Agrava-nos a inferioridade, devora-nos o tempo, dilapida-nos a esperança, consome-nos as forças.
É como se, depois de atacar a alguém, viéssemos a tombar no recesso de nós mesmos, confundidos pelas pancadas que desferimos nos outros…
O remorso é esse fogo mental, diluindo a existência em suplício invisível.
Foge, assim, de ofender, pois, embora o perdão se erija qual remédio eficaz, na Misericórdia Divina, para as doenças que levianamente criamos, é da própria Lei que, ao ferirmos alguém, caiamos, por nossa vez, inevitavelmente entregues aos resultados de nossos golpes, a fim de que sejamos também feridos.
Emmanuel
Reunião pública de 6-10-1961.
1ª Parte — Cap. IV — Item 2.
2. — Não podendo compreender senão o que vê, o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro pelo presente; para compreender outros tipos, além dos que tinha à vista, ser-lhe-ia preciso um desenvolvimento intelectual que só o tempo deverá completar.
Também o quadro por ele ideado sobre as penas futuras não é senão o reflexo dos males da Humanidade, em mais vasta proporção, reunindo-lhe todas as torturas, suplícios e aflições que achou na Terra.
Nos climas abrasadores imaginou um inferno de fogo, e nas regiões boreais um inferno de gelo.
Não estando ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o mundo espiritual, não podia conceber senão penas materiais; e assim, com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões se assemelham.

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