segunda-feira, 19 de junho de 2023

Emmanuel - Livro O Evangelho por Emmanuel - Vol. IV - Comentários ao Evangelho segundo João - Chico Xavier - Cap. 186 - O caminho



Emmanuel - Livro O Evangelho por Emmanuel - Vol. IV - Comentários ao Evangelho segundo João - Chico Xavier - Cap. 186


O caminho


“Mas quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade.” — JESUS (João, 16.13)


O Caminho de toda a Verdade é Jesus Cristo. 

O Mestre veio ao mundo instalar essa verdade para que os homens fossem livres e organizou o programa dos cooperadores de seu divino trabalho, para que se preparasse convenientemente o caminho infinito. 

No fim da estrada colocou a redenção e deu às criaturas o amor como guia.

Conforme sabemos, o guia é um só para todos. 

E vieram os homens para o serviço divino. Com os cooperadores vinham, porém, os gênios sombrios, que se ombreavam com eles nas cavernas da ignorância.

A religião, como expressão universalista do amor, que é o guia, pairou sempre pura, acima das misérias que chegaram ao grande campo; mas, este ficou repleto das absurdidades. O caminho foi quase obstruído.

A ambição exigiu impostos dos que desejavam passar, o orgulho reclamou a direção dos movimentos, a vaidade pediu espetáculos, a conveniência requisitou máscaras, a política inferior estabeleceu guerras, a separatividade provocou a hipnose do sectarismo.

O caminho ficou atulhado de obstáculos e sombras e o interessado, que é o espírito humano, encontra óbices infinitos para a passagem.

O quadro representa uma resposta a quantos perguntarem sobre os propósitos do Espiritismo cristão, sendo que o homem já conhece todos os deveres religiosos. Ele é aquele Espírito de Verdade que vem lutar contra os gênios sombrios que vieram das cavernas da ignorância e invadiram o campo do Cristo.

Mas, guerrear como? Jesus não pediu a morte de ninguém. Sim, o Espírito de Verdade vem como a luz que combate e vence as sombras, sem ruídos. Sua missão é transformar, iluminando o caminho para que os homens vejam o amor, que constitui o guia único para todos, até a redenção.


Emmanuel







(Reformador, abril 1941, página 96)

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