quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Cap. 21 - Na negativa e na compreensão




Marco Prisco - Livro Ementário Espírita - Divaldo P. Franco - Cap. 21


Na negativa e na compreensão


Seja você quem compreende.

Não é necessário que sua voz expresse severidade ou revolta, ao apresentar uma negativa, quando solicitado a ajudar.

Convenha quanto à necessidade de cultivar a palavra correta nos momentos em que for convocado a opinar. Todavia, para que se reporte à verdade ou à correção dos acontecimentos, não é justo que troveje, atemorizante, procurando falar enfaticamente, como se o valor do verbo se expressasse na forma e não no conteúdo.

Você é responsável pelos seus atos quando rudes, por muito desânimo em terceiros e por desajustes em torno de você próprio.

Seja, pois, você quem compreende o problema do companheiro e aquele que o ajuda.

É indispensável que você não concorde sempre e invariavelmente, e nesse particular reconheça o impositivo de negar.

Não negue, porém, por hábito.

Aqueles, que sempre discordam ou que se acreditam portadores da melhor opinião só muito raramente conseguem acertar nas próprias decisões.

Cultive o amor e se oriente pelo roteiro do amor.

A negativa, mesmo detestável, dita com a bondade que esclarece, é mais valiosa do que o assentimento que agrada mas não corrige.

Espere que o interlocutor exponha melhor oque deseja dizer, antes que você opine.

Nem todos se fazem compreender com a clareza que desejariam.

Não intercepte a frase, quando alguém estiver explicando, a pretexto de saber qual o pensamento de quem lhe fala.

Concluir com precipitação traduz ausência dos requisitos básicos para ajudar com serenidade.

Quem não dispõe de recursos da paciência para ouvir, não é portador da lucidez para orientar.

Há muita gente que sempre aguarda compreensão e raramente compreende.

Seja você quem compreende, desculpa e auxilia com segurança.

Nem a negativa rude nem a afirmativa melosa, ou menos ainda o silêncio de difícil interpretação.

Fale com o desejo real de ser útil, considerando que foi honrado com a confiança de quem o busca ou a ansiedade de quem lhe fala.

O "sim. sim; não. não" do Evangelho, é um apelo à honestidade, à coerência moral com a fé e não uma ordem para a brutalidade, a descortesia ou rudeza.

Medite e. quando tiver que negar, seja você quem compreende e nega, socorrendo.


Marco Prisco










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