Perguntando a Jesus
D — Senhor! Quero ouvir-Te, porque passo por tribulações sem conta, e ouvindo-Te, aprenderei a falar no ritmo do bem em que vives. Abrirei os meus ouvidos é Tua voz, e o meu coração à Tua vontade, para que possas fazer de mim o que pretendes que eu seja!...
M — Então, meu filho, ouve! Mas, vê primeiro que o meu caminho é estreito; larga é a estrada dos ímpios. Posso mostrar-te o roteiro que te liberta; no entanto, tens de caminhar com os próprios pés. Mesmo que sintas a indiferença de alguém, mesmo que a Ignorância te fira, mesmo que a maledicência faça o teu irmão esquecer a postura cristã, não deixes transparecer revolta no que dizes; procura pensar, falar e viver o perdão.
D — Mestre! Lembrarei do provérbio trinta e um, versículo oito, e o repetirei, porque não encontro outras palavras mais sensatas: "Põe guarda. Senhor, â minha boca. Vigia a porta dos meus lábios".
M — Meu filho, a guarda que poderei pôr em tua boca e a vigia dos teus lábios é a tua própria consciência, quando ligada a mim pela tua boa vontade. Dentro de ti, existem inumeráveis recursos de paz e de saúde, de poder no amor que podes exercitar com o teu próximo. Vai pelo teu caminho e faze das tuas mãos a ferramenta de trabalho de cada dia, usando a tua boca no plantio da luz que liberta, e estarei contigo.
D — Senhor!... E como farei, se a vida colocar-me em ambiente onde a função de contrário é o prazer de todos que conviverem comigo?
M — Farás o que deve ser feito por um homem reto. Cumpre o teu dever para com eles, respeita os seus direitos, e não faças nada que não queiras seja feito a ti. Cumpre ao teu coração uma vigilância segura nos meios da justiça porque, no mundo, o amor e a bondade alcançam o ambiente da convivência, porque são desvestidas, essas virtudes, de egoísmo. Quando o amor tem o caráter universal, e a bondade se reveste de energia, surge a paz e aparece a compreensão nos corações que lutam juntos.
D — E o que farei, se mesmo seguindo os Teus preceitos, for ofendido, desrespeitado, apedrejado e esquecido?
M — Cumprindo o teu dever, terás a melhor das companhias do mundo: a consciência. Se estiveres bem com ela, estarás bem com a harmonia divina em todos os rumos da criação de Deus, porque estarás em perfeita concordância com o Criador. Vejo que te preocupas em demasia com os fatos exteriores, deixando o teu mundo íntimo para o segundo plano. Faze o contrário, e começarás a sentir-te melhor em todos os aspectos. Uma serenidade indescritível tomar-te-á o domínio por dentro, e uma voz te falará de uma felicidade próxima. Eu sou aquele que sempre está presente nos pensamentos, nas idéias e na boca de todos vós, porque me pertenceis por direito divino. Fazeis parte do meu rebanho.
D — Senhor, e quando eu precisar da Tua ajuda, onde buscar-Te?
M — Nos fios dos pensamentos, na disposição de servir e de amar. Saiba, meu filho, que o ambiente que facilita a conversa comigo é o da oração. Aprende a orar, que a prece sempre foi, é e será a luz da alma.
D — Senhor!... Agradeço-Te por tudo, e que essa fala que tiveste comigo, sirva para que eu possa aprender a conversar com os outros...
Miramez
D — Discípulo
M — Mestre
Fonte: Horizontes da Fala-pdf
ÁUDIO:
Capítulo 79 de 80 - Perguntando a Jesus - João Nunes Maia e Miramez
Rabi Raboni
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