terça-feira, 1 de abril de 2025

Eurípedes Barsanulfo - Livro Sol de Esperança - Divaldo P. Franco - Cap. 5 - Porta e chave



Eurípedes Barsanulfo - Livro Sol de Esperança - Divaldo P. Franco - Cap. 5


Porta e chave


Mantenhamos a vitalidade da Doutrina no âmago de nossa alma, vivendo-a, integralmente, em nosso caminho.

Espiritismo é, também, vida, manifestando a Vida abundante.

Diante da sombra, não imprequemos contra a noite.

Acendamos uma luz clarificadora e sigamos adiante.

Ante o obstáculo, não aprovemos o óbice, contornemos a dificuldade e sigamos, resolutos.

Em face do abismo, não maldigamos a tentação da queda.

Transponhamos o fosso e continuemos intimoratos.

Jesus é a nossa ponte entre a Terra e o Céu.

Jesus é o Hálito que nos sustenta, e Sua mensagem de amor é a linfa poderosa que nos nutre, dulcificando-nos interiormente, a fim de que possamos atingir o ideal colimado, que é nossa integração no espírito do amor.

Espíritas, meus irmãos !

Não somos estranhos peregrinos nestas sendas redentoras, mas antigos dilapidadores da palavra da fé.

Não nos encontramos mergulhados na carne por capricho do acaso.

Renascemos para consertar, retornando para corrigir, reencetando a jornada terrena para reaprender.

Ontem, açulados pela ilusão, desequilibramo-nos e, em sintonia com os dominadores do mundo, transitoriamente, implantamos a mensagem da fé sob a chibata da impiedade.

Em nome do Evangelho restaurado, galopamos o corcel da ousadia destruidora, perturbando a conceituação da Verdade, e, por essa razão, nossos celeiros de esperança e paz jazem vazios.

Desejando servir naqueles idos, mancomunamo-nos com a insensatez e semeamos a desídia e a intransigência para com os outros, ferindo-os fundo nas cogitações superiores.

Agora choramos sem consolo e sofremos o acúleo de singulares remorsos.

Que fizemos de Jesus ?

Por que sepultamos a Palavra soberana do Rabi Galileu nos túmulos dourados da mentira ?

Retornamos aos sítios antigos para os joeirar.

Não somos outros viandantes, senão aqueles corruptores da Verdade.

Não estamos diferentes.

Ainda antigos negadores do Evangelho do Cristo, conquanto dizendo servi-lO, aqui, de mãos dadas, tentamos reacender a lâmpada apagada do ideal, para que, então, ardam, novamente, as flamas da caridade e do amor, da pureza e da humildade.

Não regateemos esforços.

Não negligenciemos.

Se necessário, troquemos a vida perfumada da ilusão pela áspera senda que conduz à Imortalidade triunfante.

Amemos para ser amados.

Semeemos bênçãos para colher alegrias.

Plantemos esperança para que nossos pés jornadeiem pelos caminhos da segurança e, sobretudo, sejamos fiéis ao Cristo, a fim de que o Cristo viva na intimidade de nossos espíritos.

Não amanhã, nem mais tarde.

Eis que soa nosso santo momento de ajudar e renovar-nos.

Desdobremos esforços, começando cada um, intimamente, a tarefa de burilar-se lapidando as imperfeições, para que, à semelhança do diamante puro que arrancado da ganga, do cascalho, reflete a luz, possamos refletir o sol da crença na sua pujança de claridade e em ideal de nobreza.

Espíritas, sois o sal da terra !

Espíritas, estais no portal da luz...

Vencei-o, penetrando-lhe a aduana.

Jesus é o Caminho, a Doutrina Espírita é o estímulo para a jornada.

O Evangelho é a porta, a Codificação Espírita é a chave.

Marchemos, amando, vivificados pelo elixir que flui do dever puro e santo, e, fascinados pelo estímulo contínuo da mensagem sublime e consoladora do Evangelho vivo e atuante, não desanimemos nem receemos nunca.

- Segui a paz com todos e aquela santificação sem a qual ninguém verá o Senhor !

Proclamou Paulo aos hebreus...

- Reuni os joelhos desconjuntados e marchai resolutos.

Prosseguiu, conclamando.

Espíritas, meus irmãos !

Amai, servi, pregai e vivei a doutrina do Cristo no altar de vossas vidas, para que, em breve, já não sejais vós a viver, mas o Cristo vivendo em vós.


Eurípedes Barsanulfo













Nenhum comentário:

Postar um comentário