segunda-feira, 12 de abril de 2021

Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3ª Parte - Das leis morais - Cap. 9 - 8. Lei de igualdade - Desigualdade das riquezas - Questão 810 (Miramez)




Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3ª Parte - Das leis morais - Cap. 9 - 8. Lei de igualdade


Desigualdade das riquezas 


810. Sem quebra da legalidade, podemos dispor de nossos bens de modo mais ou menos equitativo. Seremos responsáveis, depois da morte, pelo destino que lhes houvermos dado?

“Toda ação produz seus frutos; doces são os das boas ações, amargos sempre os das outras. Sempre, entendei-o bem.”


Allan Kardec



O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez

Questão 810 comentada


Quando o homem reconhecer suas reais necessidades e procurar entender as leis naturais da vida, respeitando os seus semelhantes, estará entrando em um mundo melhor, aquele mundo que começa dentro de si mesmo. A porta para a glória de Deus se encontra dentro do coração de cada ser.

Nós, encarnados e desencarnados, plantamos todos os dias as sementes e somos responsáveis pela colheita. Colhemos o que semeamos, esta é a lei. Todas as nossas ações produzem seus devidos frutos, e para que se tenha frutos bons, necessário se faz que plantemos sementes boas. A fonte das sementes se encontra em nossos pensamentos, porque tudo o que fazemos procede da mente em primeiro lugar.

A criatura inteligente raciocina bem sobre o que vai fazer, antes de passar à ação. É por este motivo que o "Evangelho Segundo o Espiritismo" nos revela essa máxima luminosa e eterna:

Fora da caridade não há salvação.

Enquanto estamos fazendo o bem, as sementes são de amor, e plantando amor se colherá amor, nas linhas da fraternidade espiritual. Compete a todos nós, em todas as faixas da vida, compreendermos essas leis, para que possamos entrar no reino da tranquilidade espiritual. Entretanto, para chegarmos ao conhecimento da verdade, temos de passar por caminhos tortuosos, por inúmeras portas estreitas que nos levam às mais profundas meditações, e nesse ponto, a intuição quebra a barreira criada pelo raciocínio e nos traz a luz ao coração.

Marcos, no capítulo três, versículo vinte e três, nos mostra uma parábola de Jesus, que nos leva a entender qual o meio de nos livrarmos do mal, fazendo o bem. O apóstolo anota o seguinte:

Então, convocando-os Jesus lhes disse por meio de parábolas:

Como pode Satanás expelir a Satanás?

Como pode o ódio expelir o ódio, como pode a guerra acabar com a guerra? Como pode a ofensa fazer desaparecer a ofensa? Como pode o ciúme destruir o ciúme? Nesta marcha de trabalhos desviados da verdade, perde-se tempo. Se queremos ganhar tempo com Jesus, basta entendermos o que o Divino Mestre ensinou e viveu. Podemos ser instrumentos da Luz, fazendo o bem e amando a Deus em todas as coisas. Se todos agirem assim, com o tempo desaparecerá todo o mal da face da Terra, e ela se tornará um planeta de luz, onde os anjos ficarão visíveis para todos os seus habitantes.

A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, tem a primazia de nos clarear os caminhos e nos enche de felicidade, por servir de instrumento do Cristo de Deus para operar as mudanças na mente das criaturas, instalando assim a harmonia em todos os corações. Mudando o homem, muda-se por completo o mundo onde ele mora. A Terra tornar-se-á a Terra da Promissão, visualizada por muitos profetas e videntes, onde Moisés afirmou a existência da abundância de todo o conforto para os seus habitantes.

As boas ações nos criam uma estabilidade natural, uma alegria sem par. As más ações nos enervam, de modo a criar desequilíbrio no nosso psiquismo, nos levando à descrença em tudo o que podemos tocar e sentir para uma vida melhor.

Dentre todos os valores que devemos conquistar, o amor é, por excelência, o maior, e para tal aquisição a vida nos pede que demos os primeiros passos. Meditemos nisso: Deus é Amor, e sempre irradia amor a Seus filhos.


Miramez



Filosofia Espírita Volume XVI - João Nunes Maia
Cap. 45 - Plantio diário



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