sexta-feira, 2 de abril de 2021

Manoel Philomeno de Miranda - Livro Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos - Divaldo P. Franco - Pág. 7 - Apresentação




Manoel Philomeno de Miranda - Livro Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos - Divaldo P. Franco - Pág. 7


Apresentação 


A jornada carnal é um laboratório de experiências valiosas para a felicidade real, e, por isso mesmo, a reencarnação é imposta a todos os espíritos, a fim de que possam desenvolver a essência divina que neles jaz, aguardando os valiosos recursos que lhe facultem a expansão.

A dor, por consequência, é fenômeno natural na trajetória ascensional em que todos se encontram colocados.

Com a função específica de despertar a consciência humana adormecida, é o estímulo para a busca da harmonia e da alegria de viver que deixaram de existir no comportamento humano.

Preocupados com o imediatismo, os homens e as mulheres deixam-se embair pelos fogos de artifício do prazer momentâneo, investindo todos os bens de que dispõem para fruí-lo, inevitavelmente comprometendo-se com os prejuízos morais que passarão a atormentá-los depois.

Beneficiados com as conquistas modernas das ciências e da tecnologia, arrojam-se à tresloucada corrida do possuir mais, a fim de mais desfrutar, utilizando em demasia a organização física prematuramente, ou quando envelhecidos, mergulhando no ressentimento que decorre da insatisfação de não haverem fruído o máximo que agora está ao alcance das gerações novas, ou porque esse benefício chegou-lhes tarde demais.

O equívoco em torno da existência planetária, que é de educação de valores, de aquisição de bens espirituais, é o responsável pelo terrível engodo de querer-se alucinadamente extrair do corpo todas as sensações que ele pode proporcionar, sem a lucidez necessária para compreender-se que, dessa forma, se o exaure mais rapidamente, portanto, diminuindo o tempo disponível para a sua fruição.

As mentirosas promessas do gozar até a exaustão seduzem e passam rapidamente, sendo substituídas pela realidade do cansaço, do desencanto, das novas necessidades de continuar experimentando o prazer fugaz que se transforma em revolta e ressentimento.

O cardápio da mesa farta do gozo, embora a beleza exterior, oculta acepipes venenosos e líquidos alucinantes que envilecem o caráter e intoxicam a vida.

Uma existência saudável é o único meio para futuras reencarnações plenificadoras.

Sofrendo-se o efeito daquelas comprometedoras que ficaram na retaguarda, os impositivos do sofrimento constituem as abençoadas terapias renovadoras para a real conquista do bem estar e da paz.

Por isso ocorrem ocorrem os transtornos psiquiátricos, psicológicos e obsessivos, cada dia mais numerosos, em alerta claro quanto insofismável para todas as criaturas.

Expressam-se em alienações mentais, em transtornos emocionais, em obsessões puras e simples, agravando-se quando se mesclam as problemáticas fisiológicas, psíquicas com as espirituais, complicando o quadro da psicopatologia difícil de ser erradicada.

Em todas elas o paciente desempenha um papel relevante, sendo a sua cura o resultado de imprescindível contribuição pessoal, ao lado da assistência que deve receber, tanto a especializada quanto a afetiva dos familiares e amigos aos quais se encontra vinculado.

Ninguém que se encontre a sós em qualquer processo alienatório. Isto porque, os comprometimentos negativos igualmente têm lugar com parcerias indentificadas com o fenômeno.

Por essa razão,  quando alguém tomba nas malhas dos desequilíbrios mentais e espirituais, no seio de qualquer família, gerando sofrimento para outrem, não se trata de ocorrência casual, mas causal. Naquele grupo, encontram-se outros espíritos que participaram das mesmas infames refregas ora em recomposição.

As divinas leis são inexoráveis, porquanto funcionam com estável critério de justiça e sem qualquer privilégio para quem quer que seja.

A cada ação corresponde uma reação de idêntico efeito.

O grupo familiar é santuário de renovação coletiva, onde todos os membros se encontram para crescer juntos, reconciliar-se, aprender a servir e a ampliar a capacidade de amar.


Manoel Philomeno de Miranda






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