segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3.ª Parte - Das leis morais - Cap. I - Da lei divina ou natural - O bem e o mal - Questão 629 (Miramez)




Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 3.ª Parte - Das leis morais - Cap. I - Da lei divina ou natural - O bem e o mal


Questão 629


Que definição se pode dar da moral?

“A moral é a regra de bem proceder, isto é, a distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”


Allan Kardec 


O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez

Questão 629 comentada


A moral é uma regra de bem proceder, e torna-se uma seqüência de valores onde o homem encontra a paz de consciência. Todo o Evangelho de Jesus fundamenta-se na educação dos seres humanos; portanto é uma escola de moralidade divina.

Para a criatura humana que começa a se educar dentro da regra moral do Evangelho, a sua vida vai mudando, pela transformação que se opera no seu íntimo, e a conseqüência é a transformação do seu comportamento exterior.

A honestidade não se baseia somente em uma virtude; ela passa a ser o conjunto de qualidades, onde se vê os valores intercambiarem para maior segurança da criatura. Não há neste mundo outro código moral mais perfeito que o Evangelho de Jesus, porque Ele não apenas ensinou os bons costumes à humanidade; Ele viveu o que dispôs para os filhos da Terra.

O Cristo uniu teoria e prática, sem alterar, nem violentar as condições dos seres humanos. O trabalho de Jesus é paciente; há milhares de anos que as Suas mãos operam em plena função de normas elevadas, fazendo os homens entenderem que somente o amor salva, e as divisões desse amor, como sendo alta moral, é para não agredir Seu rebanho na aquisição de procedimentos elevados.

O homem honesto, pela sua própria disposição, já encontra caminhos que atrai por sintonia com o bem comum. A moral se enriquece na vida de uma pessoa quando esta, em tudo que faz de bom, pensa sempre no bem-estar da coletividade, quando nunca se separa dos seus irmãos em caminho e sabe que o próximo é a sua extensão na vida. Essa é a proclamação do amor, na extensão infinita em que ele se mostra pela fraternidade universal.

O homem procede bem quando tudo faz pelo bem da humanidade. Tudo que copiamos das leis de Deus é serviço da moral. Mesmo que estejamos sofrendo em qualquer faixa da vida, se nos estribamos na moral, a dor se transforma em confiança, a confiança em fé e a fé em alegria. Onde reina o amor puro, está feito o ambiente para a felicidade da alma.

Jesus Cristo, dotado de todos os poderes, é a moral viva de Deus a irradiar-se na Terra. O poder de curar que d'Ele sai é oriundo da Sua moral.

E todos da multidão procuravam tocar-Lhe, porque Dele saía poder e curava a todos. (Lucas, 6:19)

Os poderes que concentramos em nós são, certamente, originários da vida que levamos com honestidade, e a posição que atingimos nos níveis do amor. A posição do que quer beneficiar alguém deve ser de procurar orar, passando a vigiar, pois a oração busca e o policiamento moraliza, para que entre em intervenção, servindo de instrumento para a Luz Maior, que somente sintoniza com as qualidades superiores da alma.

Existem dois caminhos, que levam a alma para a luz ou para as trevas: o bem e o mal. O bem são as leis naturais que o Espírito deve passar a obedecer, e o mal são linhas diversas, que a alma procura para a sua própria satisfação passageira. A moral é, pois, uma regra áurea de vida, de vida no bem, onde o amor é a energia sutil, provinda de Deus, que a alimenta.


Miramez



Filosofia Espírita – Volume XIII (João Nunes Maia)
Cap. 17 - Moral




Fonte: Kardecpedia, O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez

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