terça-feira, 1 de abril de 2025

Joanna de Ângelis - Livro Sol de Esperança - Divaldo P. Franco - Cap. 17 - Fiel para sempre



Joanna de Ângelis - Livro Sol de Esperança - Divaldo P. Franco - Cap. 17


Fiel para sempre


No embate contínuo de inúmeras paixões para a intransferível sublimação espiritual, o cristão descontente com as concessões que frui compreende a necessidade de prosseguir lutando.

O triunfo imediato, as glórias fáceis, as alegrias ligeiras não o fascinam, porque lhes confere a transitoriedade.

Ante os monumentos colossais do passado, agora corroídos pelo tempo, constata a vacuidade dos bens terrenos.

Museus de valores de alto preço, que descrevem conquistas e poder, parecem páginas que choram em esculturas quebradas e ornatos incompletos, preciosidades mortas, fitando os homens que possivelmente, foram os mesmos que, um dia no passado, banquetearam-se na abastança da ilusão.

E as paixões hoje são quase as mesmas de ontem, senão mais açuladas, mais violentas e devastadoras no homem que prossegue inquieto.

Fala-se muito sobre tais belezas, ora transformadas em mausoléus de lembranças. Sem dúvida, retratam a arte, expressam grandezas espirituais muitas delas.

Fitando-as, todavia, não há como deixar de inquirir: Se Deus concede ao homem ímpio e infeliz tanta fortuna, que não reservará ao filho generoso e trabalhador que Lhe é fiel ?

Luta, pois, e sofre, mesmo sozinho.

Desencarcera-te das primitivas manifestações do instinto, por cujos impulso tens transitado, e ascende aos panoramas da emoção superior, buscando com os sentimentos nobres e a inteligência lúcida a intuição libertadora.

Não te equivoques com o sorriso dos conquistadores iludidos, nem suponhas que, promovendo alaridos, eles hajam encontrado a felicidade.

O júbilo que promove balbúrdia é loucura em plena explosão.

A alegria que brota de dentro é como córrego precioso, que nasce discretamente e dessedenta a terra por onde cantam, docemente, suas águas passantes.

A atroada dos infelizes é produzida pela fuga que promovem, aparentando festa interior.

Todo cristão autêntico sofre um ‘espinho na carne’, que lhe dói e é, também, sua advertência.

O Calvário não é apenas a recordação ou o nome do lugar onde Jesus padeceu, é a mensagem eterna da superação do Filho de Deus a todas as contingências, circunstâncias e imposições humanas, falando de amor, coragem, renúncia e fé.

Todos os mártires da fé, os heróis do bem e os santos do amor, caminhando entre os homens, sofriam com alegria seu calvário, sinal de união contínua com Ele, o Herói Estelar.

Abre, desse modo, teus braços, submete-te à cruz redentora, avança para ouvir as Vozes do passado que ensinam e não temas: sê fiel a Jesus até o fim!


Joanna de Ângelis














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