"O sacrifício pessoal é o preço do acesso aos caminhos da Grande Luz." Bezerra de Menezes / Chico Xavier, 02-07-85 - Uberaba - MG.
A vida é superior concessão de Deus, que a grande maioria dos homens não tem sabido valorizar.
Cada experiência constitui um lastro de segurança para uma nova etapa, na qual, o ser se promove, ganhando sabedoria e superando os instintos agressivos que lhe serviram de sustentação e defesa na fase primária do seu processo evolutivo.
A reencarnação, por isso mesmo, tem, como meta prioritária, o desenvolvimento da inteligência, através da conquista do conhecimento, e a sublimação dos sentimentos, por meio das realizações do amor.
Viver, no corpo, é um desafio que a todos cumpre aceitar, valorizando o tempo, numa aprendizagem incessante, que resultará em aquisição da plenitude interior.
Os compromissos com a vida são de natureza edificante: resgate dos erros pretéritos, mediante a compulsão do sofrimento ou pela realização do bem e aprimoramento dos valores ético-morais que facultam a ascensão.
A cada malogro, a repetição da experiência faz-se inevitável, até que se fixem os resultados iluminativos na consciência eterna de cada indivíduo.
A marcha é lenta, enquanto ser não opta por viver a verdade que o fascina, mas posterga, preferindo, sob o impulso das paixões primitivas, o prazer desgastante em detrimento da emoção enobrecida.
Por isso, o homem deve escolher a vivência dos deveres de engrandecimento espiritual próprio e da comunidade, estabelecendo o caminho a seguir e vencendo a distância que o separa do fanal a que se propõe.
A ascensão é, portanto, árdua.
Não obstante os fatores favoráveis para o êxito, estão diante do calceta as dificuldades por ele mesmo geradas, constituindo-lhe problemas, que devem ser solucionados.
Consciente, todavia, de que a queda é perda de tempo, com agravamento das possibilidades de elevação, que o estacionamento é atraso na marcha, este deve resolver-se por superar todos os impedimentos, mesmo que a contributo de sacrifício pessoal, para atingir a meta que o aguarda.
Esta é uma história real, plena de experiências felizes e desditosas ocorridas no processo de evolução de um grupo de Espíritos comprometidos com o passado.
Muito atual, ela constitui uma advertência e um convite à vigilância de todos quantos aspiram pela felicidade que lhes parece tardar.
Ao escrevê-la, tive em mente a minha própria árdua ascensão, recordando-me dos empeços e estímulos encontrados, assim como das fortes lutas que ainda venho travando ao lado dos amores e dos compromissos da retaguarda, esperando conquistar as bênçãos com que o futuro me acena.
Victor Hugo
Paris, 22 de maio de 1985.
Fonte: Árdua Ascensão -pdf
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