quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 4.ª Parte - Das esperanças e consolações - Cap. II - Das penas e gozos futuros - Intuição das penas e gozos futuros - Questão 961 (Miramez)



Allan Kardec - O Livro dos Espíritos - 4.ª Parte - Das esperanças e consolações - Cap. II - Das penas e gozos futuros - Intuição das penas e gozos futuros


Questão 961 


Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte: a dúvida, o temor, ou a esperança?

“A dúvida, nos céticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem.”


Allan Kardec



O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez

Questão 961 comentada


Diante da importância da questão de "O Livro dos Espíritos", enfocada neste capítulo, vamos transcrevê-la, para melhor entendimento:

"Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte: a dúvida, o temor ou a esperança?"

E a resposta dos benfeitores espirituais desce dos planos resplandecentes, como a chuva fresca na relva ressequida, ou como o sol desfazendo a bruma que por vezes dificulta os corações a compreenderem a verdade. Ei-la, na sua pureza espiritual, em forma de bênção de Deus, para os Seus filhos:

"A dúvida, nos céticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem."

Meditemos nestes conceitos de luz, que a força do Evangelho do Mestre inspira na feição do Cristianismo, como sendo o próprio Cristo a nos falar. Que ouça quem tem ouvidos para ouvir e entendimentos para entender, porque os agentes de Deus se encontram em todos os pontos da Terra para assistir os homens de boa vontade, àqueles que batem, porque é batendo que a porta se abre àquele que busca, e é buscando que se encontrará.

Jesus, por intermédio dos Seus discípulos espalhados por todo o globo, responde todas as questões aos que queiram saber com honestidade e amor. Não obstante, quando a mente da criatura passa a se abrir em todos os rumos do saber, quando os valores espirituais começam a desabrochar no coração, surgem nos caminhos as tribulações e, diante disso, a resposta nos chega por Paulo, na seguinte exposição:

Em tudo somos atribulados, porém, não angustiados; perplexos, porém não desanimados. (Coríntios II, 4:8)

Em geral, somos "casas velhas", com necessidade de serem derrubadas, construindo-se nova moradia. E nessas mudanças, a própria natureza do homem rejeita as modificações. Se desejas mudar teu nível de vida, prepara-te para as tribulações, para as perplexidades e a violência dos que se encontram na retaguarda.

Os céticos certamente encontrarão a dúvida ao chegarem ao plano do Espírito, pelo processo da desencarnação. Os culpados, por justiça, encontrarão o temor no plano da realidade, mas os homens de bem, aqueles que a tudo amam sem exigências mesquinhas, que a tudo perdoam e servem sempre, esses encontrarão a esperança de viver mais, a porta da verdadeira felicidade.

O Espiritismo vem explicar a natureza de vida destes companheiros te ajudando a escolher o melhor caminho, para que tenhas, depois do túmulo, o fruto das sementes plantadas. Devemos estudar a nós mesmos nos planos que habitamos, procurando descobrir os sentimentos que nos dominam, para fortalecê-los ou extirpá-los, dependendo da sua natureza. O Evangelho de Jesus nos ensina o que fazer. O trabalho deve ser iniciado por nós, que mãos invisíveis nos ajudarão a dissipar o mal, no plantio do bem que nunca morre.

Sabemos que cada um alcançou uma escala de progresso no aprumo da vida. Àquele que já despertou para a verdade, é a esse que falamos, por ter ele capacidade de assimilação das coisas espirituais. Que Deus te ajude a compreender a fala dos benfeitores da vida maior. Se já leste "O Livro dos Espíritos", torna a lê-lo, pois nele existe muita coisa a mais oculta nas entrelinhas para a tua paz.


Miramez


Filosofia Espírita – Volume XIX. João Nunes Maia
Cap. 43 - No momento da morte







Fonte: O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez, Kardecpedia 

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