Miramez - Livro Horizontes da Fala - João Nunes Maia - Cap. 12
Escravidão Mental
Ao falares ao teu companheiro, não uses de agravo em nenhuma ocasião para não ferir. Lembra-te de que ele é tu mesmo em outra dimensão. Já dissemos alhures, e tornamos a repetir, que o próximo é a nossa continuação…
Todos nós, diante de Cristo, somos escravos das inferioridades, principalmente no que tange aos nossos pensamentos e palavras. Estamos presos aos condicionamentos que nos acorrentam, pelas nossas invigilâncias. Quebremos, pois os grilhões que nos prendem, com a força do Senhor em nós, usando as armas que Ele nos ensinou: a prece, a meditação, o trabalho honesto, a reforma íntima, a caridade, Nunca nos esqueçamos da fé e dos métodos infalíveis que o Evangelho nos sugere e de que somos portadores.
O afeto ao falar descongestiona a mente de quem nos ouve, se porventura for essa a necessidade, condicionando a sua mente à nossa para que tenhamos melhores meios de servir. No alinho da tua conversa posiciona tua boca como se esta fosse um chuveiro, em direção a quem te ouve, espargindo fluídos benéficos em clima de alegria e de amor. Esse processo, com a prática, far-te-á cooperador do bem comum, aliviando, com isso, muitas tensões maléficas em vidas promissoras. E, em se fazendo isso, estarás certamente retribuindo o que já recebeste de muitos que conversam contigo e que usam processo idêntico, que aprenderam em muitas das escolas de Deus, e que a caridade pede que silenciem. Faze o mesmo, para que não haja retribuição com deveres especiais. Todos somos impulsionados pelo progresso para nos libertamos, e já que esses escritos chegaram às tuas mãos, vê agora mesmo se a tua palavra precisa de algum retoque, se o teu modo de falar aos outros carece de algum concerto. A responsabilidade de quem fala ante os que ouvem nos faz meditar nas consequências desastrosas, quando as intenções não se ajustam com a moral evangélica.
Procura conversar corretamente, para que os sinais da tua fala sejam fenômeno de luz, levando paz aos atribulados. Quem conversa no primor do bom senso sempre está assistido por entidades elevadas, e isto confirmamos no que revela Marcos, capítulo dezesseis, versículo vinte: “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam”.
O Senhor Jesus acompanhava os Seus discípulos, pelo que se vê do plano Espiritual, porque eles sabiam falar com discernimento e disciplina com Aquele que era, é e será o Caminho, a Verdade e a Vida.
Muitos de nós deixamos de ser escravos de homens, mas ainda continuamos escravos de pensamentos. A escravidão mental é bem pior, porque ela se prende as coisas internas e, talvez, seja a mais difícil de se superar. Desde que o estudante da verdade não desanime, procurando lutar com intenções elevadas, com fé em Deus e tendo o Cristo como companheiro que nunca nos abandona, isso será possível.
Vamos nos dar as mãos, que, juntos, venceremos!
Miramez
Fonte: Horizontes da Fala
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