Emmanuel - Livro Justiça Divina - Chico Xavier - Cap. 41
Bem de todos
Todos os bens fundamentais da existência fluem, generosos, da Natureza, a benefício de todas as criaturas.
A luz que se derrama do firmamento não é patrimônio particular.
As correntes aéreas são agentes alimentícios inesgotáveis.
Mares amigos banham todos os continentes.
Correm fontes em todas as direções.
Surgem plantas para todos os climas.
E, no próprio corpo, o sangue há de circular, incessante, para que a inteligência possa viver.
Não retenhas, assim, os valores que entesouraste.
Não desconheces que o pão excessivo é o prato do vizinho em necessidade.
Entretanto, há diferentes recursos por dividir.
Ladeando mesas fartas, há corações semi-sufocados no desespero.
Por trás dos gestos que te golpeiam, há tramas obscuras de obsessão.
Na retaguarda dos crimes que te revoltam, há influências que não desvelas, de pronto.
Quem errou sofre estorvos que te escapam à senda.
Quem calunia ou persegue ignora o que sabes.
Descerra as portas do coração para compreender e servir, repartindo os bens que ajuntaste no Espírito.
A felicidade, para ser verdadeira, deve ser partilhada.
O ouro, nas mãos de um só homem, é moldura da sovinice, mas passando para outras mãos é trabalho e beneficência.
O conhecimento isolado é lâmpada sem proveito; contudo, transitando, de cérebro a cérebro é ciência e cultura.
Entre as sombras dos que reclamam e azedam, malquistam e ferem, sê a luz que abençoa sempre.
“Faze ao outro o que desejas seja feito pelo outro a ti próprio” — diz a Lei.
Isso quer dizer que alguém, para ser feliz, precisa ajudar alguém.
Felicidade, no fundo, é bondade crescente, para que a alegria se faça maior. E, sem dúvida, todos nós podemos dividir parcelas de bondade e alegria, mas a multiplicação vem dos outros.
Emmanuel
Reunião pública de 23-6-1961.
1ª Parte — Cap. III — Item 16.
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