quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Joanna de Ângelis - Livro Viver e Amar - Divaldo P. Franco - Companhia do Amor



Joanna de Ângelis - Livro Viver e Amar - Divaldo P. Franco


Companhia do Amor


Somente vive acompanhado realmente, aquele que ama. O amor, à semelhança do conhecimento, é um tesouro que mais se tem quanto mais se reparte. Ninguém fica em carência quando ama, quando ensina.

O amor, é igual a um espelho que reflete aquele que ama e, ao infinito, reflete todas as expressões de vida pujante. Não obstante as experiências do amor são solidárias, por isso que, ao expandir-se, primeiro felicita a quem o irradia, sem que tenha a pretensão de colher o retorno.

Na área do amor, quanto em todos os campos da ação nobre da vida, é necessário primeiro dar, a fim de um dia receber. O amor é, por conseqüência, o mais precioso investimento até hoje conhecido.

Antes que dê os resultados a que se propõe, produz, no nascedouro, as excelências de que se reveste: bem-estar, paz e alegria. O amor não se queixa, não se impõe; é paciente e promissor.

Apesar de todos os seus predicados, não impede que o homem experimente os métodos que propiciam a evolução, dentre os quais o sofrimento, em forma de testemunhos, assim logrando atrair os indecisos e inseguros.

Ninguém deve temer a experiência gratificante de amar, não se deixando impedir pelos obstáculos que se levantam de todo lado. Dizer uma palavra gentil a alguém; expressa solidariedade com um gesto a outrem; coopera com um sorriso cordial em qualquer realização digna... Demonstra vida e sê afável com todos. Far-te-á um grande bem o ato de amar.

Não aguardes, porém que os outros te compartam as dores e provas, que são sempre pessoais, intransferíveis.

O melhor amigo e mais caro afeto, por mais participem da tua aflição, não conseguirão diminuir a sua profundidade e crueza.

Uma chama pintada, por mais perfeita, jamais terá o poder de atear o incêndio que uma insignificante fagulha produz. Na cruz, Jesus estava acompanhado por dois delinqüentes. No entanto, cada um dos crucificados experimentava emoção própria... A bala que vitimou Gandhi, alcançou-o, embora a multidão que o cercava.

O veneno que Sócrates sorveu mataria qualquer um, todavia ele o tomou a sós.

Os estigmas em Francisco de Assis, provocavam comoção em todos, mas ele os sofria em solidão.

O processo de ascensão libertadora é pessoal... Há os que carregam cruzes invisíveis, cercados de amigos e solitários na dor.

Ama, desse modo, a fim de que se faças solidário com esses corações solitários que avançam no rumo da felicidade, por enquanto sofridos e amorosos ou carentes e necessitados.

Sê tu aquele que ama e nada espera, felicitado pelo próprio amor que de ti se irradia abençoado.

A inteligência, quando não-iluminada pelo amor, se perde na escuridão do caminho.


Joanna de Ângelis







Nenhum comentário:

Postar um comentário