No domínio das palavras
Fala e conhecer-te-ão.
Referes-te aos outros quanto ao que está em ti mesmo.
A palavra é sempre o canal mais seguro pelo qual te revelas.
A frase de esperança é um jorro de luz.
O que notas de bem ou de mal na vida de alguém é complemento de teu próprio eu.
Comentários sobre os outros, no fundo, são exposições daquilo que carregas contigo.
Quase que imperceptivelmente apenas falamos daquilo que já conseguimos apreender.
O que vimos nas estradas alheias é o que está em nossos próprios caminhos.
Quem fala sem o coração naquilo que fala não alcança o coração que deseja atingir.
Quando quiseres ser visto não uses a queixa para semelhante exibição; trabalha em silêncio e serás visto com mais segurança.
A palavra mais cruel é aquela que se usa destruindo o bem.
Não te refiras ao infortúnio porque a felicidade de quem sofre talvez chegue amanhã.
Se o verbo não está iluminado de compreensão e de amor, a conversa será sempre inútil.
Quem se propõe a iluminar não menciona qualquer ingrediente das trevas.
Nunca te arrependerás de haver dito uma boa palavra.
Nada ensines destacando o mal, pelo simples prazer de salientá-lo, porque os teus ouvintes serão hipnotizados pelas imagens com as quais não desejarias prejudicá-los.
Quem perdoa não deve reportar-se à dívida que foi liquidada, sob pena de abrir nova ferida no coração daquele que se lhe fez devedor.
Criteriosa dieta na conversação é saúde no espírito.
A palavra indulgente é vacina contra muitos males.
Discutindo talvez esclareças, mas servindo convences.
Emmanuel
Fonte: Bíblia do Caminho † Testamento Xavieriano
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