segunda-feira, 22 de junho de 2020

Joanna de Ângelis - Livro Rumos Libertadores - Divaldo P. Franco - Cap. 19 - Com disfarce



Joanna de Ângelis - Livro Rumos Libertadores - Divaldo P. Franco - Cap. 19


Com disfarce



ESE Cap. VII – item 11

Precata-te contra as urdiduras do orgulho, esse filho inditoso do egoísmo, que dizima tantas esperanças quanto o câncer.

Nem sempre se te desvelará em toda a sua purulência moral. Maquiavélico, insinua-se disfarçado de melindre e, nas suas susceptibilidades, infiltra-se na mente, aturdindo, dilacerando o coração, enquanto, e simultaneamente, verte ácido violento que expele vapores letais...

Arma as conjunturas soezes, arrimado a nonadas, que transforma em montes com aparência de intransponibilidade. Sua sombra pesada obscurece a visão dos fatos e acontecimentos, alterando os contornos e criando fantasmas que se fazem agressivos e são apenas ilusão.

Afasta as criaturas umas das outras e desarticula os mais bem programados trabalhos edificantes.

Está em todo lugar, porque gerado no imo do homem pelas suas imperfeições, encontra-se onde este se apresenta.

Vigia-lhe o surgimento e combate-o com decisão, sobretudo com humildade.

O orgulho se alimenta das diatribes que arremessa e se compraz nas mágoas que infunde.

Após estabelecidas as suas tenazes destruidoras, se concede momentânea liberdade às suas vítimas, é para tortura-las com o acanhamento, a inquietação, a injustificável distância e a dificuldade em separar ou refazer o caminho percorrido, em retorno necessário...

Logo, porém, irrompe, macerando sob outros impositivos constritores, conclamando à fuga, à debandada, a conflitos deprimentes, à insegurança...

Não o vitalizes com as falsas ids de honradez que, não raro, são apenas caprichos mesquinhos.

Não te digas decepcionado com o teu próximo.

Não lhes apontes os erros.

Faze tu, de forma que não decepciones; nem te permitas erros.

Não afirmes: Agora é tarde !

Não imponhas: Ficarei no meu posto, porquanto fui o ofendido !

Vai ao irmão que delinquiu contra ti e pede-lhe desculpas.

Toma a oportunidade feliz da iniciativa nobre.

Quem dá o primeiro passo, chega antes ao termo do bem.

Quando Jesus foi esbofeteado pelo soldado, no pretório, ante a multidão, não o condenou, não revidou, não se ofendeu... E era o Rei Solar ! Recompôs-se e, tranquilamente, indagou do torpe agressor:

- Por que me bateste ?  Se falei mal, aponta o meu erro,  mas se falei certo,  por que me bateste ?

Sob disfarce algum, não agasalhes o orgulho, nunca, pois que ele é o inimigo mais hábil prevenido contra o teu progresso espiritual.


Joanna de Ângelis






O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo VII - Bem-aventurados os pobres de espírito - Instruções dos Espíritos - O orgulho e a humildade - 11


 

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