domingo, 23 de fevereiro de 2025

André Luiz - Livro Estude e Viva - Emmanuel / André Luiz - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 14 - Liberte a você



André Luiz - Livro Estude e Viva - Emmanuel / André Luiz - Chico Xavier / Waldo Vieira - Cap. 14


Liberte a você


9. O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? - Entregai-vos à cólera. (O Evangelho Segundo o Espiritismo — Cap. IX)


826. Em que condições poderia o homem gozar de absoluta liberdade?

“Nas do eremita no deserto. Desde que juntos estejam dois homens, há entre eles direitos recíprocos que lhes cumpre respeitar; não mais, portanto, qualquer deles goza de liberdade absoluta.” (O Livro dos Espíritos - Das leis morais Liberdade natural)


Lábios envenenados pelo fel da maledicência não conseguem sorrir com verdadeira alegria.

Ouvidos fechados com a cera da leviandade não escutam as harmonias intraduzíveis da paz.

Olhos empoeirados pela indiscrição não veem as paisagens reconfortantes do mundo.

Braços inertes na ociosidade não conseguem fugir à paralisia.

Mente prisioneira no mal não amealha recursos para reter o bem.

Coração incapaz de sentir a fraternidade pura não se ajusta ao ritmo da esperança e da fé.

Liberte a você de semelhantes flagelos.

Leis indefectíveis de amor e justiça superintendem todos os fenômenos do Universo e fiscalizam as reações de cada Espírito.

Assim, pois, no trabalho da própria renovação, a criatura não pode desprezar nenhuma das suas manifestações pessoais, sem o que dificilmente marchará para a Vanguarda de Luz.


André Luiz






O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez
Questão 826 comentada


Liberdade absoluta só existe para Deus, criador de todas as coisas. A criatura já é dependente do Criador. Deus pode fazer o que bem entender dentro da criação, mas somente Ele. No que tange aos homens, se todos têm os mesmos direitos, deixa de existir tal liberdade, pela barreira do respeito de uns para com os outros.

É necessário saber que todos nós, para vivermos bem, nos submetemos à obediência das leis naturais criadas. Somos escravos da lei, e é o Evangelho que nos ensina como escolher os melhores caminhos da felicidade. A felicidade não nasce, nos seus princípios, da nossa vontade; pelo contrário, somente nasce da vontade de Deus, que sempre nos fala dela pelas leis estabelecidas.

É necessário que se procure entender bem "O Livro dos Espíritos", que nele estão estabelecidas todas as leis universais em expansão acompanhando, pois, a evolução das criaturas. Não sejamos tolos na arte de escolher sem compreender, para que não soframos o rigor das provas.

A liberdade absoluta para os homens seria uma catástrofe para todos, por não terem eles condições de saber o que realmente precisam na condição de homens encarnados, ainda cegos e surdos no que se refere à vida espiritual. Compete a cada um ir até o ponto que suporta; aí, sim, está a sua paz. Viver o futuro querendo esquecer o presente é um mal, bem como querer voltar ao passado, que teve sua época.

Peçamos aos Espíritos que nos revelem também a verdade, como Lucas assinala no capítulo dois, versículo vinte e seis, desta forma:

Revelara-lhe o Espírito Santo que ele não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor.

Pedimos a Deus que desperte o Cristo em nós, antes de passarmos pela morte do corpo, porque é na Terra que a porta do céu começa a se abrir pela força das transformações morais que o amor nos sugere entender e praticar, de acordo com os preceitos do Evangelho do Mestre.

Esqueçamos da liberdade absoluta, como a queremos compreender, firmando-nos, assim, na obediência, porque somos filhos que devemos, para o nosso bem, ouvir o Pai. A nossa liberdade é vigiada, filtrada e, por vezes, interrompida. Quanto mais crescermos, mais obedecemos às leis de Deus, porque é nessa obediência que encontramos a paz de consciência e o próprio ritmo da vida.

Pedimos a Jesus que nos abençoe nas nossas pretensões, acertando nossos passos e direcionando nossa vida para a paz em Deus.


Miramez




Filosofia Espírita Vol. 17 - João Nunes Maia
Cap. 10 - Liberdade Absoluta











Nenhum comentário:

Postar um comentário