quarta-feira, 24 de abril de 2024

Joanna de Ângelis - Livro Momentos de Consciência - Divaldo P. Franco - Pág. 25 - Consciência e Responsabilidade



Joanna de Ângelis - Livro Momentos de Consciência - Divaldo P. Franco - Pág. 25


Consciência e Responsabilidade 


A responsabilidade é manifestação evidente da aquisição de consciência.  

O ato de pensar, nem sempre faculta a visão correta, necessária à responsabilidade. Esta se alicerça no discernimento dos objetivos da existência terrestre, propelindo o ser às ações enobrecedoras em clima de dignificação.  

A responsabilidade faculta o direcionamento dos deveres, elegendo aqueles que são essenciais, em detrimento dos que aparentam benefícios e não passam de suporte para mascarar a ilusão e o gozo.  

A criatura responsável discerne o que realizar e como executá-lo.  

A tendência para o bem é inata no ser humano, face à sua procedência divina. O entorpecimento carnal, às vezes, bloqueia a faculdade de direcionamento que a consciência proporciona.  

A pessoa lúcida, como conseqüência, age com prudência, confiando nos resultados que advirão, sem preocupar-se com o imediatismo, sabendo que a semente de luz sempre se converte em claridade.  

A inconsciência em que estagiam muitas criaturas respondem pela agressividade e ignorância que nelas predominam.  

A responsabilidade, advinda da consciência, promove o ser ao estágio de lucidez, que o leva a aspirar pelas cumeadas da evolução que passa a buscar, com acendrado devotamento.  

A consciência da responsabilidade te conduzirá:

-a nunca maldizeres o charco, e sim, a drená-lo.

-a não cultivares problemas, antes, a soluciona-los.

-a não ergueres barreiras que dificultem o progresso, porém, a te tornares ponte que facilite o trânsito.

-a não aguardares o êxito antes do trabalho, pois que, o primeiro somente precede ao último na ordem alfabética dos dicionários.

-a não olhares para baixo, emocionalmente, onde repousam o pó e a lama, entretanto, a fitares o alto onde fulguram os astros. 

-a não desistires da luta, perdendo a batalha não travada, todavia, perseverando até o fim, pois que a esperança é a luz que brilha á frente, apontando a trilha da vitória. 

-a não falares mal do próximo, considerando as tuas próprias deficiências, ao invés disso, brindar-lhe palavras de estímulo. 

-a não te perturbares ante as incompreensões, porém a te sentires vivo, e portanto, vulnerável aos fenômenos do trânsito humano. 

-a nunca pretenderes a paz sem os requisitos para cultuá-la no íntimo, não obstante, a irradiares a alegria do bem, que fomenta a harmonia.  

A responsabilidade não favorece a autopiedade nem a presunção, a debilidade moral, nem a violência, a volúpia dos desejos vis, nem os gozos entorpecedores.  

É criativa e enriquecedora, porque sabe encontrar-se em processo de elevação e de crescimento.  

Louis Pasteur, combatido pelos acadêmicos do seu tempo, com responsabilidade, prosseguiu até culminar na descoberta dos micróbios, da profilaxia da raiva, do carbúnculo, e em geral de todas as doenças contagiosas...  

Kepler, perseguido, mas, consciente dos mapas celestes, insistiu até apresentar uma admirável teoria do planeta Marte e formular outras leis que passaram a honrar-lhe o nome.  

Hansen, com responsabilidade, aprofundou a sonda da pesquisa, até isolar o bacilo da lepra e salvar milhões de vidas.  

Copérnico, anatematizado, com responsabilidade, demonstrou o duplo movimento dos planetas sobre si mesmos, e o sistema heliocêntrico, pagando com alto preço a audácia da consciência.  

O casal Curie, responsável, entregou-se às experiências fatigantes, que abriram novos horizontes para o conhecimento de materiais radiativos.  

A responsabilidade é degrau de elevação da consciência, que plenifica o homem e a mulher em todas as situações.  

Diante desta realidade, ALLAN KARDEC indagou aos Benfeitores Espirituais, conforme se lê em O Livro dos Espíritos, na questão de número 780:  

- O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual? - Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente. Dependendo, certamente, da consciência de responsabilidade.   

Joanna de Ângelis















Fonte: Momentos de Consciência-pdf

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