O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles cujas ideias são as mais falsas se apoiam na sua própria razão, e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível. Os que outrora repeliram as admiráveis descobertas de que a humanidade se honra endereçavam seus apelos a esse juiz, para repeli-las. O que se chama razão não é muitas vezes senão orgulho disfarçado e quem quer que se considere infalível apresenta-se como igual a Deus. Dirigimo-nos, pois, aos que são suficientemente ponderados para duvidar do que não viram, e que, julgando do futuro pelo passado, não creem que o homem haja chegado ao apogeu nem que a natureza lhe tenha facultado ler a última página do seu livro.
Allan Kardec
Fonte: Kardecpedia
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