quarta-feira, 18 de setembro de 2024

André Luiz - Livro Conduta Espírita - Waldo Vieira - Cap. 8 - No trabalho



André Luiz - Livro Conduta Espírita - Waldo Vieira - Cap. 8


No trabalho


“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” — Jesus. (João, 5:17.)

Desde que se encontre em condições orgânicas favoráveis, dedicar-se ao exercício constante de uma profissão nobre e digna.

O engrandecimento da vida exige o tributo individual ao trabalho.

Situar em posições distintas as próprias tarefas diante da família e da profissão, da Doutrina que abraça e da coletividade a que deve servir, atendendo a todas as obrigações com o necessário equilíbrio.

O dever, lealmente cumprido, mantém a saúde da consciência.

Examinar os temas de serviço que lhe digam respeito, para não estagnar os próprios recursos na irresponsabilidade destrutiva ou na rotina perniciosa,

Da busca incessante de perfeição, procede a competência real.

Ajudar aos colegas de trabalho e compreendê-los, contribuindo para a honorabilidade da classe a que pertença.

O espírita responde por sua qualificação nos múltiplos setores da experiência.

Cultuar a caridade nas tarefas profissionais, inclusive naquelas que se refiram às transações do comércio.

O utilitarismo humano é uma ilusão como as outras.

Jamais prevalecer-se das possibilidades de que disponha no movimento espírita para favoritismos e vantagens na esfera profissional.

Quem engana a própria fé, perde a si mesmo.

Em nenhuma ocasião, desprezar as ocupações de qualquer natureza, desde que nobres e úteis, conquanto humildes e anônimas.

O trabalho recebe valor pela qualidade dos seus frutos.


André Luiz

















quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Espírito Antônio Cardoso - Livro Seareiros de Volta - Espíritos Diversos / Waldo Vieira - Cap. 20 - Caridade Real



Espírito Antônio Cardoso - Livro Seareiros de Volta - Espíritos Diversos / Waldo Vieira - Cap. 20


Caridade Real

 
Toda criatura plasma ou alberga pensamentos novos a todo instante. Naquilo que te importa mais intimamente, recebes contínuas abordagens mentais, dignas e indignas, e, porque te decides a escolher, és, ao mesmo tempo, como Espírito encarnado, o benfeitor ou o malfeitor de ti próprio.

Se urge estudar a nós mesmos, na esfera das nossas reações, para sanarmos as próprias faltas, a caridade preceitua, igualmente, estudar a alma dos semelhantes, nas tendências que os caracterizam, para servi-los com mais segurança.

Não raro, somos obrigados, em nome da fraternidade, a fazer aquilo a que não nos achamos predispostos no momento, vencendo indisposições, dores e achaques, cansaços e desconfortos. É aí que testemunhamos mais vivamente a caridade pura.

Quantas vezes, embora sem ânimo para conversar, torna-se preciso entabular determinado entendimento por requisição da caridade?

Em quantas ocasiões, apesar da fadiga, é forçoso te entregues ainda a algum sacrifício, caminhando um pouco mais, à face da caridade que assim reclama?

Quantas horas, não obstante sem qualquer disposição íntima, serás compelido a despender, em servir o próximo nisso ou naquilo, para atender a silenciosa rogativa da caridade?

A caridade real é essa doação de algo pessoal e único que trazemos dentro de nós e que somente nós podemos oferecer.

É o esforço de esquecimento do «eu» para louvar os outros.

É a anulação do direito que nos compete para consagrar o direito de alguém.

É o silêncio de nossa voz para que se faça ouvir uma voz mais frágil que a nossa.

É a luta contra os incômodos pessoais para dilatar o bem-estar alheio.

É a muda sufocação de toda tristeza nossa para acentuar a alegria no coração de outrem...

Se todos somos almas convalescentes, estejamos, no entanto, convictos de que não há mal inextirpável na intimidade do próprio ser.

Estuda fraternalmente as aflições do próximo.

Uma criança a chorar, conquanto nos enterneça as fibras mais íntimas, lembra, em qualquer parte, a vida acordando os que se dispõem a sofrer por um mundo melhor, mas já meditaste no pranto de um homem? O drama de um homem soluçante que nos oferta o espetáculo da própria indigência é um desafio supremo à nossa possibilidade de sentir a tragédia alheia, a fim de remediá-la.

Amplia a capacidade de amar desinteressadamente, estabelecendo comunhão espiritual com a Humanidade e alargando os limites emocionais de teu sentimento no rumo da imensidade do amor que vivifica a Criação. Ovelhas em meio de lobos, gazelas entre leões ou pombos diante de abutres, oponhamos a caridade ao ódio, a verdade ao erro e a luz à sombra, onde respirarmos, porque apenas dentro da luta incessante é que promoveremos o triunfo imarcescível do bem, por vozes vivas anunciando a vitória do Cristo de Deus.
 

Espírito Antônio Cardoso