sexta-feira, 1 de março de 2024

Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo P. Franco - Testemunhos à fé

 

Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo P. Franco


Testemunhos à fé


Jamais te permitas agasalhar a tristeza no teu íntimo, seja qual for a situação em que te encontres ou a ocorrência que te aflija.

A melancolia é má conselheira por sombrear a razão no teu íntimo.

A existência física é um hino ao progresso e os acidentes de aparente dificuldade que surgem são desafios ao crescimento interior, de que necessitas para a conquista da plenitude.

Permite que os sonhos bons permaneçam contigo, auxiliando-te a sorrir e a confiar no futuro, em vez de deixar-te empurrar para as províncias do desencanto, porque neste momento não se realizaram...

Desse modo, não facultes que se te obscureçam os caminhos a percorrer. São essas situações que proporcionam o amadurecimento psicológico e fomentam a segurança moral e o crescimento íntimo.

Nunca faltarão, no percurso que elegeste para o desenvolvimento ético-moral, esses fatores que aos fracos mais debilitam, aos idealistas desafiam, aos afervorados nos ideais de beleza esmaecem...

Intercambiando contigo por meio de contingências das Leis do Progresso, outros seres, que já se libertaram do corpo, mas não das suas paixões inferiores, comprazem-se em atormentar as criaturas humanas e acercam-se de ti, impondo ideias e conflitos inquietadores.

Alguns estão vinculados às tuas existências transatas, outros se arruinaram durante a existência humana e permanecem ressentidos contigo, porque os molestaste, mas outros, dominados pela inveja ou pelo ódio, formam legiões de inimigos do Bem que não desfrutam e buscam sitiar-te a mente.

Na sua sandice acreditam-se como forças poderosas do Universo, a serviço do atraso moral e das sensações grosseiras.

Vivem e, sentindo-se infelizes, tudo fazem para atormentar os caminhantes da vida de sublimação.

Quando não encontram sintonia direta contigo, sincronizam com outros, frívolos e desditosos, que se voltam contra ti e tentam aturdir-te mediante sutis processos obsessivos de que padecem.

Multiplicam-se os conflitos na Terra por invigilância de ambos os seus habitantes: físicos e espirituais.

Quando abraças um ideal de beleza e de engrandecimento moral e espiritual, despertas, nessas consciências ultrajadas, antipatias e animosidades, desejos de interromper-te a marcha.

Quantas florações de amor emurchecem e morrem ante a ardência de maldades, da crueza de perseguições e da tormentosa inveja de outros companheiros de lutas!

Diariamente, pessoas forradas de bons sentimentos iniciam empreendimentos enobrecedores e logo, em vez de receberem apoio, são excruciadas em perseguições gratuitas.

Algumas, não possuindo resistências morais suficientes, sensíveis à crítica destrutiva, por serem almas sonhadoras e nobres, abandonam a jovem sementeira de amor que morre ou é vencida pelas ervas daninhas...

Não faltam tais críticos de plantão, ociosos e atormentados, que tudo patrulham e de tudo se apropriam, formando a malta de perseguidores.

Arrogam-se como modelos, proclamam a sua liberdade de falar e agir, fiscalizando a dos outros, que tentam proibir e silenciar.

Não os temas, nem lhes consideres as torpes condutas.

Jesus não transitou sem enfrentar-lhes a crueldade, a hipocrisia, mas não lhes deu maior importância.

Permanece irretocável no teu dever, fiel à consciência da fé e aceita o testemunho, agradecendo a Deus.

Sempre convém recordar que o Mestre não prometeu o reino do mundo material, nem a eloquência ilusória dos louros terrestres.

Ele próprio preferiu a incompreensão, o abandono e a sordidez dos que se lhe fizeram inimigos espontâneos e não desdenhou a cruz, transformando-a de instrumento de punição que era em asas de luz para voar no rumo do Infinito.

Lamentas a incompreensão que se expande nos arraiais da fé que esposas.

Sofres, ante o comportamento esdrúxulo daqueles que se afirmam pertencentes à grei da fraternidade.

Padeces o látego aplicado por mãos que antes afagavam as tuas e surpreendes-te.

Observas o júbilo e a crueza daqueles que te premiam com a difamação e sentes o descoroçoar das forças...

Não te facultes esse luxo, permanecendo fiel ao trabalho que eleva e dignifica.

Não lhes respondas, não os antipatizes na faixa vibratória em que estão. É isso que desejariam para alimentarem o ódio e a perturbação,

Sua ira os consome com rapidez e o seu é o triunfo de Pirro, ante a exaltação do próprio ego que se atribui superioridade aos demais.

Eles passarão, enquanto o Bem prosseguirá iluminando o planeta.

O sentido da existência humana é viver conforme as circunstâncias, tornando-as melhores e ampliando o círculo da alegria e da saúde em todos os seus aspectos.

Quem serve a Jesus não dispõe de tempo para as despesas pessoais, para as refregas do orgulho e a inutilidade.

Testemunha a qualidade do teu ideal mediante o comportamento à hora da refrega, da tempestade.

Não te permitas sofrer em razão dos ataques desferidos contra ti.

Mantém ânimo jovial, recordando que o Espiritismo que amas é luz inapagável, promessa de Jesus que a cumpriu por intermédio de Kardec e dos seus cooperadores de ambos os planos da Vida!

Também eles provaram a perseguição inclemente dos seus contemporâneos e permaneceram fiéis.

Na alvorada luminosa da Era Nova, ainda permanecem as sombras teimosas da noite demorada.

Mantém acesa a tua lâmpada de amor, trabalhando e servindo sem cansaço nem inquietação, louvando aquele que te conduz à Vida cercado de carinho.

...E nunca te entristeças com o aguilhão abençoado que te impulsiona ao avanço...


Joanna de Ângelis 







Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão de 19.2.2018, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.  

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