A Natureza Íntima Do Espírito
Quanto nos revelamos a cada vida na multiplicidade de argumentos, finalidades e reciprocidade de sentimentos que nos enlaçam nas periferias das emoções e que se entrechocam com a imensa harmonia ou desarmonia dos Espíritos em vivenciações conjuntas!
Quanto as almas lucram ou apenas assimilam percentuais mínimos no viver diuturno, não sabendo o quanto existe de disponibilidade em doações materiais, humanas e espirituais, concedidas pelo Pai Eterno!
Quantas almas acarretam para si valores máximos quando do conhecimento espiritual mais perceptivo, quando da beleza em sentimentos angariados com simplicidade e naturalidade nas diversas movimentações de si mesmas, abrindo, assim, espaço para crescimentos maiores!
Quanto sofrem os seres que se distanciam desta percepção mais profunda e nobre, freando e indispondo-se com a vida em valores reais, que se afastam de seus delineamentos na estrada do cotidiano, por uma não disposição a se fazer impor em atitudes mais plenas em doação e compreensão!
Quantas almas, entretanto, se tornam solícitas ao perceberem a realidade espiritual e as causas e consequências de seus atos e postura espiritual, a se imporem uma vigilância maior à própria vida, sabendo, então, usufruir mais, plenamente, das disponibilidades do Pai e abastecendo-se dentro de seus próprios limites, cultivando, desde já, o conhecimento acerca dos propósitos vivenciais que lhes tocam como almas primárias, e, abrindo, assim, as portas de sua casa mental ao recolhimento dos abastecimentos superiores!
Quantos de nós temos conseguido exercitar esta vigilância diária e que se tornará a nós um palco mais amplo de harmonia e equilíbrio do Espírito?
Quantos de nós temos, verdadeiramente, a conscientização mais plena do ser que somos e dos papéis com que viemos representar a ressarcirmo-nos de lacunas, de fragilidades e viciações, tanto na ordem física, quanto na humana e emocional? Quanto temos negligenciado por falta de força de vontade, deixando o alinhamento espiritual e mais profundo para mais tarde? Quantos de nós nos tornamos indisciplinados por não querermos deixar argumentos mais profundos nos tocarem, forçando-nos a enfrentar um viver real e sério?
Amigos, irmãos em Cristo, sabemos das dificuldades, alienações e fragilidades de cada ser, porém necessário se faz que olhemos de frente a vida, sabendo que não viemos a ela sem objetivos marcantes a serem firmados.
Frente a frente, conosco mesmos, analisemos um pouco mais esse ser, o qual chamamos Espírito ou alma, porém partes do Pai, em essência e forma. Coloquemo-nos à disposição de um olhar mais profundo e perguntemos a nós mesmos:
# O que representa o Espírito para o Criador?
# Quanto Ele espera de cada criatura, dentro das imensas possibilidades que nos doa a cada respiração nas inúmeras vivências da alma?
# Vibramos a todos os instantes, em variantes que nos trazem um alastramento de nós mesmos, em busca da maturação de cada célula, de cada campo que se compõe, tanto da fluidificação da energia vital quanto da energia espiritual.
# Vencemos, por vezes, indisposições na matéria por tempos a tempos, conseguindo um maior cuidado com a força que distende de nosso Espírito ao perispírito, retratando-nos, assim, diante de nós mesmos e do Criador.
# Será que vemos as tantas possibilidades de nossa alma? Será que percebemos o que nosso corpo coleta a cada movimentação? Será que o grau de assimilação está correspondendo ao desejado em plano espiritual?
# Quanto de energia recolhemos do campo vivencial?
# Quanto de alimentação espiritual absorvemos em cada órgão, nos sistemas circulatório e endócrino? Assimilamos e não percebemos, porque a vida, para a grande maioria das criaturas, é proposta a ser vivida a um abastecimento físico e material, não é?
# Exatamente por esta disposição vivencial não ser percebida pela maioria da humanidade terrena é que a Espiritualidade nestes últimos séculos se aproximou dos irmãos encarnados, a lhes solicitar uma maior atenção à vida em si, como proposta de realizar algo mais profundo, de buscar alguma coisa que não seja somente olharem-se no espelho, vestirem-se, comerem ou exercerem manifestações emocionais, desmesuradamente distorcidas, saturando, assim, de fluidos mais nocivos seu próprio corpo físico e perispiritual.
Normalmente, irmãos, não nos analisamos, a não ser que algo mais sacuda a criatura e exija dela uma busca maior a tentar compreender as origens e causas dos acontecimentos que as envolvem.
Aprender, exercitar, renovar, perceber e alinhar são verbos que precisam ser vistos como forma de tornar o viver mais pleno e equilibrado, a facilitar o quantitativo de recolhimento de cada delineação do processo cármico dos seres.
Analisemos verbo por verbo e vejamos o que a criatura poderá recolher e perceber no cotidiano de suas movimentações íntimas.
Aprender é um verbo de constante e contínua movimentação, pois ele próprio se denuncia como ilustração do próprio recolher por nossos olhos, ouvidos e parcerias humanas. aprender é o objetivo maior do viver, pois nele temos as grandes oportunidades a nós doadas, a cada segundo de vida. Estaremos sempre com ele à nossa frente e dentro de nós, nas inúmeras ânsias físicas e espirituais, a nos nortear o verdadeiro crescimento espiritual.
Aprender a falar, desde o nascimento. aprender a interpretar o que ouvimos e no quanto distendemos em palavras. aprender a nos relacionarmos com todos e, muito mais, conosco mesmos numa síntese perfeita de adestramento de conceitos, virtudes, sentimentos, razão e lógica, abrangendo todas as etapas vivenciais.
Aprender a discernir e melhor usar das possibilidades em cada campo de adestramento, seja esse campo denso ou fluídico, mas esse aprendizado será constante e infinito, como infinitas são as locuções universais em sabedoria e amor.
Exercitar é o seguimento do aprender, pois o aprendizado exige uma ação imediata daquilo que se absorve, sendo o exercício de cada aprendizado delineado e distendido conforme a assimilação, concordância e limite de vontade.
Exercitar conceitos, ampliando-os e aumentando a performance espiritual estará no nível de disponibilidade de cada alma. O exercício, talvez, seja negado por muitos. Embora, tenham tido o aprendizado, não quer dizer que este aprendizado será distendido, como numa escola as múltiplas matérias são ensinadas, mas o aluno não precisará exercitar todas de uma só vez num futuro profissional.
Entretanto, cada aluno irá optar por um estudo mais profundo daquela matéria que mais se sente atraído, fazendo dele um roteiro, um roteiro vivencial, e aprofundando-se cada vez mais. Mas as outras matérias serão colocadas de lado, e, logicamente, sem um maior exercício delas mesmas. Nestas condições, podemos observar os diversos aprendizados no viver, porém muitos passarão por nós sem uma maior avaliação ou desejo de nelas penetrarmos.
Assim, irmãos, o exercício de algo que foi aprendido estará em relatividade aos desejos e vontades de cada ser, percebendo-se, com isto, o quanto nos é ofertado e como trazemos em nós tendências para observar um ou mais caminhos no viver, deixando muitos exercícios de lado, não é?
Após aprender e exercitar o que foi captado e aceito, temos o verbo renovar, o que nos traz as possibilidades de movimentos maiores, facilitando a nosso Espírito as movimentações de energias poluídas e a renovação das matérias que compõem nosso corpo físico e espiritual, para que um equilíbrio maior nos toque.
Renovar quer dizer modificar contextos, mantendo-os em um alinhamento mais perfeito e harmônico. A renovação é fator conclusivo ao final de cada etapa de um viver, pois viemos à vida carnal, justamente, para que haja um aperfeiçoamento maior de nós mesmos, como Espíritos eternos que somos.
Da mesma forma com que as criaturas renovam suas vestimentas e mobiliários, o Espírito estará sempre se renovando, estabelecendo, para si mesmo, objetivos em busca de uma renovação que lhe traga uma performance mais equilibrada, trazendo-se, assim, em maior paz e felicidade.
Tudo se renova, se modifica, demonstrando o crescimento dos seres desde o início dos organismos unicelulares, mostrando as inúmeras condições que estão à disposição das criaturas.
Perceber é outro verbo, ou seja, outro contexto a ser perseguido por todas as criaturas divinas. perceber está em sequência lógica ao aprender e exercitar, ao renovar e se dispor a assimilar, pois não basta somente aprender, exercitar e renovar, será necessário, também, apreender, ou seja, perceber mais, profundamente, perceber e captar com as células do corpo físico num toque de carinho ou de laceração e com as células do corpo espiritual, às quais absorvem mais profundamente os sentimentos e as sensações.
Perceber requer acuidade e direcionamento de percepção, porque nesta análise estarão os limites do nível de espiritualidade da alma, pois esta percepção vai exigir uma penetração maior e, não, simplesmente, olhar e observar cores, atitudes e exteriorizações. Não, o perceber do Espírito irá mais longe, pois quem capta são as células do corpo espiritual, os centros de energias e força, que alinhados precisam estar, para que a captação seja real e penetre no âmago do ser, a que possa trazer-se sempre em busca de uma firmeza daquilo que perceber e apreender.
Finalmente, temos o verbo mais importante após o aprendizado, o exercício, a renovação e a percepção, ampliando todos a promover um alinhamento de tudo que foi percebido: Alinhar!
Que maravilha de oportunidades nos deu o Criador! Quanta coordenação podemos captar neste processo de crescimento das naturezas! Sim, porque somos naturezas, naturezas já realizadas nos reinos vivenciados nas formas mineral, vegetal e animal, podendo promover a nós mesmos uma sequência perfeita e real, tendo, unicamente, à frente, a força de vontade num livre arbitramento de atos e pensamentos!
O alinhamento de nós mesmos é posicionamento gerado pelas inúmeras vivenciações, pela multiplicidade de movimentações físicas, humanas e espirituais, originando, com isto, as intensas e profundas articulações de nossos centros de força, que dispostos nos três corpos causam o que o Espírito fez, faz e pensa. Nesta sequência verbal, neste esquema de constituição de vida, o Pai nos fornece os múltiplos alimentos, deixando o tempero de nossa vida à escolha de cada filho. Nestes seguimentos vivenciais podemos ver as diferentes possibilidades de cada alma, recolhendo, exercitando, renovando e apreendendo o que quer, o que se faz em vontade e afinidade com o íntimo de sua natureza em prosseguimento espiritual.
Desta forma, temos, irmãos, um roteiro de vida à disposição de cada alma, porém recebendo mais amplamente uma alimentação perfeita a que possamos recolher a cada etapa vivencial os percentuais de cada verbo, usufruindo das possibilidades de buscar um bem estar maior na conscientização de quem somos e dos deveres que nos cabem diante das tantas ofertas colocadas à nossa disposição pelo Pai, pelo Mestre e pelos amigos espirituais que rodeiam os irmãos encarnados, esperando, pacientemente, que todos os verbos possam ser perseguidos, entendidos e exercitados em percentuais maiores, trazendo, assim, um êxito maior após o grande esforço de sobreviver na densidade terrena, com os limites em que cada um se traz.
Henrique Karroiz
Mensagem psicografada por Angela Coutinho em 26/07/2012
Fonte: GCE - Grupo de Comunicação Espiritual
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