Léon Denis - Livro Depois da Morte - Cap. II, Índia
O ser aprende a abraçar num mesmo amor tudo o que vive e respira; e isto nada mais é que um dos degraus da sua evolução, pois esta deve conduzi-lo a só amar o eterno princípio de que emana todo o amor, e para onde todo ele deve necessariamente voltar. Esse estado é o do Nirvana.
Essa expressão, diversamente comentada, tem causado muitos equívocos. Em conformidade com a doutrina secreta do Budismo, o Nirvana não é, como ensina a Igreja do Sul e o Grã-Sacerdote do Ceilão, a perda da individualidade e o esvaecimento do ser no nada, mas sim a conquista, pela alma, da perfeição, e a libertação definitiva das transmigrações e dos renascimentos no seio das humanidades. Cada qual executa o seu próprio destino. A vida presente, com suas alegrias e dores, não é senão a conseqüência das boas ou más ações operadas livremente pelo ser nas existências anteriores.
Léon Denis
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